Conceituação Uma reflexão sobre a construção de sentidos no hipertexto exige, em primeiro lugar, que se proceda à conceituação desse objeto. Muitos dos autores que se ocupam do hipertexto têm ressaltado a dificuldade de chegar a uma conceituação adequada, visto que ainda se continua a tomar como parâmetro o texto impresso, como bem mostra Beiguelman (2003, p.11): Tão estável e paradigmático é o texto impresso que não se conseguiu inventar um vocabulário próprio para as práticas de escrita e leitura on line [...] As telas de qualquer site dispõem de páginas, critérios biblioteconômicos de organização de conteúdo regem os diretórios [...] e a armazenagem é feita de acordo com padrões arquivísticos de documentos impressos, seguindo à risca o modelo de ‘pastas’ e ‘gavetas’. Theodor Nelson, criador do termo nos anos sessenta, considera o hipertexto “um conceito unificado de idéias e de dados interconectados, de tal modo que estes dados possam ser editados em computador. Desta forma, tratar-se-ia de uma instância que põe em evidência não só um sistema de organização de dados, como também um modo de pensar” (NELSON, 1992). A partir de então, tornou-se comum a conceituação de hipertexto como metáfora do pensamento
Fonte: http://seer.fclar.unesp.br/alfa/article/view/1425/1126